A favela
Ao fim do dia
Se revela
Cheia de luzes
Vadia
Acende a vela
Na janela torta
Vida amarela
Cidade morta
Baldia
Longe sentia
No fundo dela
A melancolia
A velha na porta
Banguela
A favela
Ao fim do dia
Se revela
Cheia de cruzes
Fedia
31.8.05
Adiv
Vida
insípida
vida
de insípido
e estúpido
bípede
Vida
insípida
vida
que trago
memória
do Rasgo
Sonho
incrédulo
sonho
de Cego
discípulo
cerrado
Sonho
incrédulo
sonho
que Morte
crepúsculocaso
insípida
vida
de insípido
e estúpido
bípede
Vida
insípida
vida
que trago
memória
do Rasgo
Sonho
incrédulo
sonho
de Cego
discípulo
cerrado
Sonho
incrédulo
sonho
que Morte
crepúsculocaso
30.8.05
belo e bruto
acendi um belo e garboso cigarro
e traguei charmoso profundamente
dele retirei viscoso catarro
e da janela do carro escarrei
grotesco e jocosamente
o brutal as vezes se desfarça de belo
e escarnece das mais frágeis mentes
escarre o mal como eu este pigarro
e traguei charmoso profundamente
dele retirei viscoso catarro
e da janela do carro escarrei
grotesco e jocosamente
o brutal as vezes se desfarça de belo
e escarnece das mais frágeis mentes
escarre o mal como eu este pigarro
29.8.05
Ah! a menina
A menina sambava
ah! e como
jogava o cabelo
remexia
requebrava
A menina sambava
olhava de lado
se escondia
ah! e como
então mostrava
Ah! a menina sambava
e como
hipnotizava
desdém ela fingia
ria e gozava
A menina sambava
Me tentava
Retumbava
Explodia
E me amava
Ah! e como.
ah! e como
jogava o cabelo
remexia
requebrava
A menina sambava
olhava de lado
se escondia
ah! e como
então mostrava
Ah! a menina sambava
e como
hipnotizava
desdém ela fingia
ria e gozava
A menina sambava
Me tentava
Retumbava
Explodia
E me amava
Ah! e como.
26.8.05
Cala
Cala mente insana
Que em sua vociferação
Meu coração maltrata
Cala-te então
Boca ingrata
Inumana
Cala mal abutre
Que desnutre e mata
Os olhos cegos deglute
Cala-te ave de rapina
Sombra de prata
Cafetina
Cala e escuta
Ao longe o cântico da puta
E a viola dedilhada
Cala e consente
O que aconteceu pobre mente
É que foras pilhada.
Que em sua vociferação
Meu coração maltrata
Cala-te então
Boca ingrata
Inumana
Cala mal abutre
Que desnutre e mata
Os olhos cegos deglute
Cala-te ave de rapina
Sombra de prata
Cafetina
Cala e escuta
Ao longe o cântico da puta
E a viola dedilhada
Cala e consente
O que aconteceu pobre mente
É que foras pilhada.
Cevantes
Cerveja
Carne
Cerveja
Cerveja
um pouco mais
de cerveja pra
carne ficar melhor
Sinto às vezes
uma vontade
de ritual
mas não consigo
a medida certa
um pouco mais
de cerveja pra
minha vontade
tem mão cheia
sempre
um pouco mais
ritual
na medida certa
é vontade de
um pouco mais
Carne
Cerveja
Carne
Carne
Mais
carne
(homenagem a um nobre amigo)
Carne
Cerveja
Cerveja
um pouco mais
de cerveja pra
carne ficar melhor
Sinto às vezes
uma vontade
de ritual
mas não consigo
a medida certa
um pouco mais
de cerveja pra
minha vontade
tem mão cheia
sempre
um pouco mais
ritual
na medida certa
é vontade de
um pouco mais
Carne
Cerveja
Carne
Carne
Mais
carne
(homenagem a um nobre amigo)
Amanhã
ninguém se lembrará
a novela de hoje é América
a novela de ontem
amanhã tem vale a pena ver de novo
no final do ano a retrospectiva
mas a novela de hoje
ninguém se lembrará
a novela de hoje é América
a novela de ontem
amanhã tem vale a pena ver de novo
no final do ano a retrospectiva
mas a novela de hoje
ninguém se lembrará
Arthur, capítulo I
Se eu morresse hoje
pediria aos meus
(que de "meus" apenas têm o pronome)
que reconhecessem os meus Erros
e dissessem para si
"Foi alguém
que algo tentou"
25.8.05
Eu
"Esqueça!"
disse-me
entre enérgica
e suplicante
"Não."
retruquei
simples e sereno
"Meu Passado
fez de mim
Este
que Você
invariavelmente
Ama"
Então, calou-se
disse-me
entre enérgica
e suplicante
"Não."
retruquei
simples e sereno
"Meu Passado
fez de mim
Este
que Você
invariavelmente
Ama"
Então, calou-se
23.8.05
Daniela
As canções que cantei para ela
Naquela noite de lua quente
Foram de improviso de repente
De quem amou perdidamente
Morena Daniela
Falavam de carinhos pequenos
De curvas sutis e suspiros altos
De beijinhos ternos e sobressaltos
Murmuravam serenos
Daniela Daniela
Morena Daniela
Acaba logo comigo
Não me chame de amigo
Dá-me uma mordidela
Morena Daniela
As canções eu me esqueci
À noite lembro de ti
E sussurro um verso só
Denovo até me ter só dó
Morena Morena Daniela
Naquela noite de lua quente
Foram de improviso de repente
De quem amou perdidamente
Morena Daniela
Falavam de carinhos pequenos
De curvas sutis e suspiros altos
De beijinhos ternos e sobressaltos
Murmuravam serenos
Daniela Daniela
Morena Daniela
Acaba logo comigo
Não me chame de amigo
Dá-me uma mordidela
Morena Daniela
As canções eu me esqueci
À noite lembro de ti
E sussurro um verso só
Denovo até me ter só dó
Morena Morena Daniela
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