Icônico eu? Pelo cisto não entendeu nada.
Belisco teus juanetes e espero dizer ai.
Calei-me a frente de tanta infantilidade,
meus jogos não chamam satisfação.
30.9.06
Tarde demais (Prodições 1987)
"O problema de estar no limite são os parâmetros
Olho ao redor e me entendo até a porta.
Do lado de lá é o Tejo, não há como viver além (se sou isso também).
É melhor voltar enquanto é cedo...
Olho ao redor e me entendo até a porta.
Do lado de lá é o Tejo, não há como viver além (se sou isso também).
É melhor voltar enquanto é cedo...
27.9.06
De volta
Escrevia algo importante
algo sobre minhas unhas cortadas,
mas o programa fechou e eis-me aqui
a cortar-lhes novamente.
algo sobre minhas unhas cortadas,
mas o programa fechou e eis-me aqui
a cortar-lhes novamente.
25.9.06
Agora e pouco
caía a água bem forte
e o vento que levantava a saia da mulher sem desvendar nada
era apenas um momento e ponto final
minha poesia sempre desanda
na água pisei bem forte
querendo espirrar na mulher a sujeira que me comove
e o vento que levantava a saia da mulher sem desvendar nada
era apenas um momento e ponto final
minha poesia sempre desanda
na água pisei bem forte
querendo espirrar na mulher a sujeira que me comove
22.9.06
Choro
Choro choro
Do clarinete
Ao banco de couro
Choro d'ouro
No Catete
Melodia menor
Choro melhor
Ou por pior que seja?
Choro cerveja
Da boca que beija
Choro ben Jor
Choro da chuva
É um tapa de luva
Um choro de Sor
Ou então choro só
Quem já sabe de cor
Choro sem cor
Choro cantor
Perdido na lua
Choro de Thor
Choro loucura
Choro que fura
Choro choro
Que choro
Do clarinete
Ao banco de couro
Choro d'ouro
No Catete
Melodia menor
Choro melhor
Ou por pior que seja?
Choro cerveja
Da boca que beija
Choro ben Jor
Choro da chuva
É um tapa de luva
Um choro de Sor
Ou então choro só
Quem já sabe de cor
Choro sem cor
Choro cantor
Perdido na lua
Choro de Thor
Choro loucura
Choro que fura
Choro choro
Que choro
O amor
Ele
Flutua n'água vendo as nuvens do céu
Ela
Flutua no céu vendo as núvens n'água
Ele
Sobe e respira o ar da manhã
Ela
Amanhece assoprando o ar que respira
Ele
Calcula as distâncias do infinito
Ela
É incalculável e infinita a distância
Ele
Fecha os olhos e sonha o impossível
Ela
Fecha seus olhos de augúrios insondáveis
Ele
Salta o mais alto e longe que pode
E quando o corpo já não lhe cabe
Salta do corpo que lhe coube
Alma que alvas asas abre
Para que voe
Ela
Solta um suspiro de amor e encanto
Outro de assombrosa incerteza
Outro de magia e espanto
E acolhe em cativa beleza
Uma brilhante alma.
Flutua n'água vendo as nuvens do céu
Ela
Flutua no céu vendo as núvens n'água
Ele
Sobe e respira o ar da manhã
Ela
Amanhece assoprando o ar que respira
Ele
Calcula as distâncias do infinito
Ela
É incalculável e infinita a distância
Ele
Fecha os olhos e sonha o impossível
Ela
Fecha seus olhos de augúrios insondáveis
Ele
Salta o mais alto e longe que pode
E quando o corpo já não lhe cabe
Salta do corpo que lhe coube
Alma que alvas asas abre
Para que voe
Ela
Solta um suspiro de amor e encanto
Outro de assombrosa incerteza
Outro de magia e espanto
E acolhe em cativa beleza
Uma brilhante alma.
21.9.06
Conversão
fazendo corpo mole
entra na água
quebra na onda
e sem forças insiste
CENSURO AQUI O RESTO
POIS OS CAMINHOS DO DESEJO
NÃO SERVEM ÀS MINHAS VOGAIS
FECHADAS E VESTIDAS PARA REZAR NA PRAIA.
levanta-se em luz
escorre-lhe a água
amarra-se na onda
CENSURO-LHES O FÔLEGO.
entra na água
quebra na onda
e sem forças insiste
CENSURO AQUI O RESTO
POIS OS CAMINHOS DO DESEJO
NÃO SERVEM ÀS MINHAS VOGAIS
FECHADAS E VESTIDAS PARA REZAR NA PRAIA.
levanta-se em luz
escorre-lhe a água
amarra-se na onda
CENSURO-LHES O FÔLEGO.
20.9.06
19.9.06
18.9.06
Diálogos IX
Depois de três horas me bolinando
Queria o que?
Ah então tremeu nas bases
Queria o que?
Quer fazer as pazes
Quero mais três horas para pensar
Quer o que?
Quero tremer nas bases
Quer o que?
Quer fazer as pazes?
Só vou te bolinar
Já disse
Três horas são perfeitas para se amar
Na primeira te bolino
Na segunda te amo
Na terceira me amo
O que?
Na terceira te mato
Na segunda te enterro
Na primeira oportunidade arrumo outro
Três horas são uma eternidade
Também depois de três horas me bolinando
Queria o que?
Só podia pensar em me amar
Ou em te matar
Te mato de vontade
Te amo depois de mata-la
Maltrata-la
E depois?
Das três horas?
Você pode imaginar
Queria o que?
Ah então tremeu nas bases
Queria o que?
Quer fazer as pazes
Quero mais três horas para pensar
Quer o que?
Quero tremer nas bases
Quer o que?
Quer fazer as pazes?
Só vou te bolinar
Já disse
Três horas são perfeitas para se amar
Na primeira te bolino
Na segunda te amo
Na terceira me amo
O que?
Na terceira te mato
Na segunda te enterro
Na primeira oportunidade arrumo outro
Três horas são uma eternidade
Também depois de três horas me bolinando
Queria o que?
Só podia pensar em me amar
Ou em te matar
Te mato de vontade
Te amo depois de mata-la
Maltrata-la
E depois?
Das três horas?
Você pode imaginar
6.9.06
Diálogo VIII
Sábado?
Samba bamba no sábado?
Só se ela for.
E se não?
Senão domingo.
Sábado!
Só samba no sábado.
E se ela for?
Vou morrer de amor.
Senão fico dormindo...
Sem seu sabor...
Só domingo...
Fico acabado.
Sábado?
Sim no sábado!
Vestido assim?
A sim! Pois é sábado!
Então?
Então já é...
Sábado
Samba bamba no sábado?
Só se ela for.
E se não?
Senão domingo.
Sábado!
Só samba no sábado.
E se ela for?
Vou morrer de amor.
Senão fico dormindo...
Sem seu sabor...
Só domingo...
Fico acabado.
Sábado?
Sim no sábado!
Vestido assim?
A sim! Pois é sábado!
Então?
Então já é...
Sábado
Será
Os verdadeiros amores esperam
Nas madrugadas silenciosas
Caminhando em praias desertas
Em meio a multidões incertas
Em apartamentos pequenos
Nas insônias sempre alertas
Nas curvas mais perigosas
E nas baladas intoxicantes
Sentadas ao fundo misteriosas
Elas esperam
Nas lembranças mais presentes
Com os pés sobre as cadeiras
Balançam tranquilamente
Elas esperam
Deitadas sobre a grama
Sonhando acordadas
Moldando as nuvens
Esperam serenas
No sol da manhã
Vão ficando morenas
Desenhando mil nomes
Em mil corações
Na areia das praias
Esperam nas praias.
Nas madrugadas silenciosas
Caminhando em praias desertas
Em meio a multidões incertas
Em apartamentos pequenos
Nas insônias sempre alertas
Nas curvas mais perigosas
E nas baladas intoxicantes
Sentadas ao fundo misteriosas
Elas esperam
Nas lembranças mais presentes
Com os pés sobre as cadeiras
Balançam tranquilamente
Elas esperam
Deitadas sobre a grama
Sonhando acordadas
Moldando as nuvens
Esperam serenas
No sol da manhã
Vão ficando morenas
Desenhando mil nomes
Em mil corações
Na areia das praias
Esperam nas praias.
Nenhum mal
Na rua perdida a pedra filosofal
Amanhã alguém chuta para o esgoto
Transmuta água em colônia talvez
Fica perdida de vez
Muta o homem no boto
Para latim o inglês
Tudo que é do bem para o mal
Amanhã terá chuva
E garrafas de vinho derramadas
Por deuses beberrões
Terão gosto de uva?
Estarão de ressaca e então
Os tufões e tudo mais
Tudo que é do mal para o bem
Ontem fez frio no sangue
Dia de pedir tregua e derramar o mar
Bandeira branca estendida
Pedindo fim a vida bandida
As frutas de cera na mesa
A toalha azul e as sementes
E a vida quase a parar
Pra ver e se ver
Para parar para amar
Sem pensar no bem
nem desejar nenhum mal
Precisa perder a pedra filosofal
Precisa da ressaca dos deuses
Precisa congelar o mar
Amanhã alguém chuta para o esgoto
Transmuta água em colônia talvez
Fica perdida de vez
Muta o homem no boto
Para latim o inglês
Tudo que é do bem para o mal
Amanhã terá chuva
E garrafas de vinho derramadas
Por deuses beberrões
Terão gosto de uva?
Estarão de ressaca e então
Os tufões e tudo mais
Tudo que é do mal para o bem
Ontem fez frio no sangue
Dia de pedir tregua e derramar o mar
Bandeira branca estendida
Pedindo fim a vida bandida
As frutas de cera na mesa
A toalha azul e as sementes
E a vida quase a parar
Pra ver e se ver
Para parar para amar
Sem pensar no bem
nem desejar nenhum mal
Precisa perder a pedra filosofal
Precisa da ressaca dos deuses
Precisa congelar o mar
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