19.10.05

A dama amada (I)

Alma
da Arte
que performaste
em tua nudez
velada
acende-me
os olhos
de brilho fosco
fátuo
faz-me tremer
as narinas
com eflúvios
ditosos
contamina-me
os ouvidos
com melodias
velozes
e lentas
invade-me
a pele
de brisa
curta
intensa
e, se eu
pobre de mim!
merecer
sequer o seu desdém
deixa-me provar
o beijo
ébrio
e cálido
e fluir
o gozo
mesmo que
apenas
em pensamento
ou sonho

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