Iara
Canta
Triste o entardecer
Quando os pássaros procuram refúgio
Nas copas dos Tarumãs
Se encanta
Assiste a lua nascer
Os coachos dos sapos e o brilho dos pirilampos
nos brejos submersos
Os verdes quase negros
Um silêncio de ensurdecer
Iara dança na noite
Suas formas morenas
Exalam o perfume da dama
As estrelas farfalham
Refletidas em serenas águas
Espelho das almas
Das terras secretas
Onde as casas de barro
Dos Joãos da amada pátria
Acendem suas velas
Telas e visões
Milhões
De Joãos
Do barro da terra
Não percebem o perfume
Não escutam seu canto
Nem entendem seu ser
Espelho da mata
Iara canta
E suspira perfeita
A espera do canto
Da oferenda
Aqui feita
30.8.06
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário